segunda-feira, 9 de março de 2009

Caça aos Psicopatas

 
Novos estudos sobre a psicopatia vêm demonstrando que o Psicopata não é um doente mental.

Não possui sofrimento mental. E nem alterações na forma ou na composição biológica.

Egocêntrico, inteligente e perversa.

Não há tratamento e alguma parcela destes indivíduos apresentam um comportamento altamente perigoso aos outros, assassinos.

Não há dúvida que em casos graves não deve haver possibilidade de estarem livres diante do perigo que representa.


Porém, os estudos atuais, baseados em mapas de atividades mentais destacam algumas áreas do cérebro tidas como áreas da emoção, nestes indivíduos, permanecem sem grandes atividades ou sem alteração. Este mapeamento já está concluído, e acredita-se que com base nele poderá haver um diagnóstico de psicopatia, este fenômeno que não é doença, não é defeito, não é nada, mas apenas um modo de comportamente de certa parte da população.

A realidade inaugurada em nossa sociedade é:

1) Existem seres mal por natureza, diagnosticáveis e sem cura, pois não são doentes. 
2) Pela primeira vez dados da Neurociência (mapas de atividade elétrica) são usados para diagnóstico, diagnóstico este que podem implicar a condição de ser livre ou não deste indivíduo.
3) Uma retomada da Eugenia como método científico. E esta é a parte mais perigosa e que precisa de esclarecimento.


Ao mesmo tempo em que o Psicopata vêm sendo retirado do âmbito da psicologia, pois não se trataria de um grau alto de Perversidade, ou mesmo sua mistura com o comportamento Limítrofe, estão apenas ressaltando o caráter biológico e neurológico do comportamento psicopata. Junto a este julgamento precipitado soma-se um discurso genético do qual não existe estudo, pois o diagnóstico diz ao mesmo tempo em que não se trata de um indivíduo diferenciado biologicamente e postulam como uma das causas a composição genética, claramente um discurso contraditório.

Assim, abriu-se a caça aos psicopatas, baseado em mapeamentos de uma ciência ainda meramente experimental e gráfica, pois não é apenas o psicopatas que possuem baixa atividade na área dita como "emocional" do cérebro, sendo que não existe atividade isolada no cérebro. 
A psicologia sempre tratou da questão sem declarar guerra e sem se meter em assuntos da politica de segurança pública, principalmente por se tratar de um fenômeno raro.

As alterações necessárias acontecerão à lei, e a partir disso, qual será o caráter do diagnóstico, deste ser dado como culpado desde seu nascimento, desde seu Gene. E os casos de diagnósticos de indivíduo para contratação, para inserção em instituições de ensino, antes de qualquer crime ou acusação. 

Estamos a caçar os psicopatas... mas quem será encontrado? 


O que vejo é a criação de um esteriótipo perigoso, tão perigoso quanto os psicopatas. Porém, o que prova que um psicopata, com comportamento perigoso, não é apenas o caso do Bandido da luz vermelha? Um caso de comportamento limítrofe, ou seja, sem formação da personalidade, agindo de acordo com o esperado pelas influências próximas, e assim, quando em contato com um exemplo de crime, seja pelo jornal, como no caso do Bandido da luz Vermelha, ou pela televisão ou pelos convivas, aflora um comportamento sem limite e puramente perverso. 

Que fique claro que a Psicopatia é uma doença sim, pois assim como a Aids que não permite que nosso organismo se perceba doente, pois combate nossos próprios anticorpos, os Psicopatas, privados de emoção e de contato afetivo com o mundo, não têm como avaliar sua falta, ou mesmo sentir sua diferença e sua doença de modo pleno, pois a sua doença lhe veda exatamente esta entrada do mundo. Cabe aos especialistas isolar os casos que demonstram perigo e estudá-los pois todas estas doenças "imaginárias", "fantasiosas" e "incuraveis" que a psicologia sempre estudou e que foi sempre desacreditado, estão hoje com tratamento apropriado. E assim será com o psicopata.

Esta caça ao Psicopata deve acabar, pois esta caça é uma corrida da Eugenia em busca de controle social, e não existe Eugenia sem sua Politica correspondente, o Totalitarismo.





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