segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Passaporte para Harvard

O período em que somos estudantes é um período muito controverso, e acredito mesmo 
que não há período, mas sim momentos onde atuamos como estudantes, e isto durante toda nossa vida.
Acredito que o mal aluno é aquele que se comporta como professor, imagine uma criança de 12 anos lecionando, imagine seus momentos intelectuais, o dever de casa, e seus ímpetos sexuais.

Assim fui aprendendo ou me ensinando matemática. Tudo é muito óbvio, e o 1+1=2 por mais que desmascare os ímpetos revolucionários de um jovem, exemplo:

1+1=3 (Anarquista)
1+1=1 (Ecologista)
1+1= 2+0˚ (artista)

Continua imperando óbvio. Mas o que interessa é que qualquer número elevado a zero é igual a um, isto lhe coloca na cadeira, cheirando seu lápis, mordendo seu dedo. Algo está muito errado neste mundo. Imagine esta lógica libidinal professoral indo de encontro com um texto matemático desta espécie!

Assim, me formei, e em uma noite, de minha infância simplesmente conclui que a matemática estava permeada destas mensagens subliminares, não existia mesmo uma lógica contínua nestes sistemas, e estes truques nos paralisavam e nos convenciam mesmo, algo estético.

Veja:

2x5= 10  ...OK!
2x(-)5= (-)10 ...OK!

e -2x5= ?

Vamos à regra:

+ x + = +
+ x - = -
- x + = -
- x - = +

Ou seja: -2x5= -10


Ora, 1 vez o 2 é igual a 2.
Ora, 1 vez o -5 é igual a -5, então se eu quiser denovo o -5, duas vezes -5 é igual a -10!
Óbvio!

Mas é ai que os matemáticos esquecem a discursividade de sua matéria, eles varrem para o tapete o elevado a zero:

porque -2x5=-10?!?!

pense, o 5 

pense ele uma vez... é 5       pense duas vezes ele... é 10!

Agora, pense ele menos uma vez..  pense bem, o 5, menos uma vez ele mesmo, ora ele é 5, então ele menos uma vez ele mesmo é 0, e não menos 5!!!

Porque a matemática resolveu esquecer a tábua dos número inteiros!?!?

-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

Tira 5 do cinco e me fala quanto você terá!!  0 (Zero)!!!

então, -2x5=  ...-5!!!   Óbvio!!!

Enviei minha tese (Da discursividade na Matemática) para Harvard aos 13 anos de idade, para o Graduate School of Arts and Sciences, esperando uma indicação para o campus de Cambridge, principal centro de matemática.

Pelo caso excepcional, uma comissão foi enviada a São Paulo, para onde tive que me deslocar para executar minha tão sonhada prova.
Os professores Noam D. Elkies e Gerald Sacks me instruiram sobre a prova e a aplicaram na embaixada americana em São Paulo, em 12 de maio de 1994, um pouco mais de um mês antes de meu aniversário de 14 anos.

O que eu me lembro... é que não entendi a prova, não sei o que queriam exatamente, então repeti minha tese sobre a Discursividade da Matemática, mas agora em um formato mais elegante.


Mas, algumas coisas são muito chatas...



quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Chimarrão e Shaitan


Todas as pessoas, as mais cultas deste pais, e muita elas, eu sei o que digo, as mais simples, aquelas que se dedicas às artes, as com excesso de fé, as descrentes, as revolucionárias, os que amam, os que fervem e mudam sua vida e crescem e mutam, e mesmo tendo tudo, não tendo nada, abandonando, sublimando e deixando os convivas mundanos... sim mesmo eles, vão passar os dias e não passarão, um ao menos, que não desejaram consumir.


Por isto repasso os ensinamentos que me foram dados por Shaitan, em sonho, ele fez ver que 
o aprendizado se dá na carne e no consumo de nosso corpo à exaustão, enquanto não nos esfacelarmos não morreremos e a terra parecerá seca. A mão ágil é aquela que quebra seu osso para dar espaço ao repuxo dos músculos, os músculos devem ser deformados para dar lugar à nossa vontade. O mundo não dá muito tempo para a beleza, se ficarmos na beleza não morreremos. Destrocemo-nos pois somos carne viva que não se regenera.

O consumo senhores.